Voo cego

"As estrelas com ela falavam...
Conversavam direto com a alma
Viam nela um angústia calada
Uma tristeza velada...
Um silêncio que tudo dizia...
Brilhavam para iluminar seu caminho
Que era denso...Coberto por escuridão
As estrelas tentavam todas as noites
Mostrar magia ao seu coração
Por vezes conseguiam que ela mesmo assim
Sentisse que havia poesia no ar...
Mas ela difilcilmente se abria...
Havia feito em torno de si um muro
Com raízes profundas... Pintado num tom escuro
Que na maioria das vezes era impossível de se transpor...
Era impossível de se passar...
As estrelas sabiam que ela havia sido enganada
Que ela tinha por demais confiado...
Hoje se encontrava muda...Distante ...Fria
Nem para as estrelas queria olhar...
Tinham tirado dela a capacidade de acreditar...
Tinha levado toda sua vontade de voar..."
(Dina Isserlin)